Tecnologia da educação
A professora de Biologia Juana Gismero, do Colégio Miguel de Cervantes, em São
Paulo, não precisa mais recorrer a grandes mapas de papel do corpo humano ou desenhar órgãos e esqueletos com giz. Juana, agora, tem um corpo humano tridimensional na lousa para ensinar o sistema digestivo, circulatório, a movimentação de um vírus ou qualquer outro conteúdo que precisar. Isso ocorre graças à implantação da lousa digital nas salas do colégio. “O recurso tem uma carga motivadora muito grande, podemos assinalar, sublinhar, mostrar animações, vídeos”, conta. Segundo a professora, a motivação dos alunos aumentou muito.
“Todas as salas do colégio estão sendo equipadas com uma lousa digital, um projetor, um computador para o professor e outros quatro para os alunos, além de um home theater”, relata a professora de informática Viviane Gabriel, responsável pela área de tecnologia do colégio paulistano.
O exemplo de sala high tech do colégio Miguel de Cervantes, no entanto, é uma realidade distante da maioria das escolas brasileiras. O tradicional quadro negro com o giz e apagador ainda está longe de desaparecer da sala de aula. Os preços dos quadros interativos ainda estão altos, em torno de 10 mil reais. Segundo Paulo Roque, presidente da Divertire, empresa que importa um dos modelos de lousa digital para o Brasil, a tendência é de que o preço caia somente nos próximos anos.
“No ano passado, vendemos 1.300 lousas, o que corresponde a 65% do mercado nacional, segundo o nosso levantamento.
Este ano, certamente, as nossas vendas cresceram, mas ainda não temos um número consolidado”, afirma Paulo.
A lousa digital é composta de um quadro afixado na parede da sala – o tamanho-padrão é de 78 polegadas – e um projetor instalado no teto. Estes, por sua vez, conectam-se do computador equipado com um software responsável por todas as funções da lousa. O quadro, que