tecnico superior
Este estudo se desenvolve primeiramente com a intenção de compreender os processos que hoje levam a construção de novas fronteiras na África, mas com ênfase especial no Sudão do Sul, onde temos a construção recente de um novo país.
Assim pretendemos nesta análise, retomar a historicidade territorial do Sudão, desde sua independência (1956) até o surgimento do Sudão do Sul (2011), de modo que possamos entender como se deram os conflitos que geraram tal país, a importância desta criação, as tensões que foram produzidas após a separação e os reflexos para o mundo contemporâneo da formação do Sudão do Sul. No dia 9 de julho de 2011 foi declarada oficialmente a separação da parte sul do Sudão, para assim constituir o mais novo país do mundo a República do Sudão do Sul ou Sudão Meridional. Essa separação é fruto de uma divisão histórica entre etnias no país, que tem início na conferência de Berlim, quando a África foi fragmentada para desenvolvimento dos interesses externos imperialistas.
Em breve análise temos o Sudão como um país de grande diversidade étnica, cultural e religiosa, unidas em um só país fruto do processo de colonização de século XIX, sendo 19 grandes etnias e mais de 600 subgrupos. O país teve sua independência da Inglaterra em 1956 e posteriormente sofreu durante quatro guerras internas na disputa do domínio do território, que tiveram inicio em 1958, 1969, 1985, 1989.
A principal motivação dos conflitos foi a postura de cartum, que “desde os primeiros momentos de sua independência, seu governo tem tentado estabelecer a lei islâmica (ou Sharia) como fonte exclusiva de direitos do país. Tendo em vista que a população de religião islâmica representa dois terços do total, um quarto de religiões animistas e o restante cristão com pouco mais de 5% da população, os setores não islâmicos concentrados ao sul do país nunca aceitaram tal posicionamento do governo central.
O movimento