Tecidos animais e vegetais
04/12/2008 - Amara Maria Pedrosa Silva
A organização do corpo dos vegetais é bem diferente da organização do corpo dos animais. A maior parte dessas diferenças é uma adaptação ao modo autotrófico de vida. Somente os vegetais possuem tecidos especializados para a fotossíntese e para a condução da seiva retirada do ambiente. Essas diferenças são ainda maiores nos vegetais terrestres. Nessas plantas encontramos tecidos especializados para evitar a perda de água e para sustentar o corpo do vegetal contra a gravidade.
Os Meristemas: tecidos embrionários ou de formação
À medida que as células do embrião da planta se especializam, elas perdem gradativamente a capacidade de se dividir. Em algumas regiões da planta, porém, persistem grupos de células de estrutura simples, não diferenciadas, que conservam as características embrionárias. Esses grupos de células, chamados meristemas, encontram-se em constante divisão, promovendo o crescimento da planta e dando origem, por diferenciação, aos outros tecidos vegetais.
O tecido que constitui o embrião da planta e que é responsável por seu desenvolvimento, chama-se meristema primário, encontrado também nas gemas ou brotos. Durante o desenvolvimento do embrião, a maior parte desse meristema transforma-se em outros tipos de tecido, e uma parte menor fica restrita às extremidades da raiz e do caule, garantindo, assim, que o vegetal cresça no sentido do comprimento (crescimento longitudinal). O meristema dessa região apresenta três camadas que originam a epiderme, a casca e a medula da planta. Enquanto a planta cresce em comprimento, dizemos que ela possui estrutura primária.
Nas plantas lenhosas (árvores e arbustos) encontramos no interior do caule e da raiz outro meristema, o meristema secundário, que é responsável pelo crescimento da planta em espessura (crescimento transversal). Esse tipo de crescimento começa a ocorrer cerca de um ou dois anos após a germinação. O meristema secundário é