Tecido empresarial português na atualidade
Mais empresas, mais prejuízos, mais insolvências, é esta a característica do tecido empresarial português em 2009 e 2010.
Embora o grande ano da crise ter sido 2008, o maior número de empresas com prejuízo em Portugal foi em 2009. Isto levou a um aumento dos pedidos de insolvência em 2010. A Construção e indústria transformadora continuam a ser os grandes derrotados. (A indústria transformadora e a construção são os sectores que mais processos de insolvências em 2010, sendo ambos responsáveis por 52,3% do total de insolvências iniciadas).
Portugal acabou o ano de 2009 com 501,1 mil empresas em actividade, mais 2,9% que as cerca de 487,2 mil que existiam no final de 2008. Mas não houve uma alteração significativa do volume total e médio de negócios face a 2008. Além disso, o total de empresas a prestar contas em 2009 foi inferior ao de 2008 (menos 3 mil sociedades).
Em 2009 notou-se um aumento das empresas com prejuízos em Portugal. Se em 2008 perto de 113,5 mil empresas fecharam as contas no vermelho, em 2009 foram mais de 124 mil (mais 9,2%). Considerando a subida no total de empresas, convém referir que em 2008 as sociedades com prejuízo representavam 23,3% do tecido empresarial existente, ao passo que em 2009 as empresas com perdas representavam 24,75% do total.
Em termos geográficos, o Porto é o distrito que regista mais processos de insolvência, sendo sozinho responsável por 32,8% do total. Lisboa detém uma fatia de 18,1% destes processos.
As micro, pequenas e médias empresas (existem 349.756 e representam 99.7% das sociedades do sector não financeiro) eram em 2008 responsáveis por quase três quartos dos empregados no sector privado não financeiro em Portugal e mais de metade do volume de negócios. Entre todas as 350 mil empresas portuguesas, mais de 85% empregam menos de 10 trabalhadores.
Emprego:
As micro empresas representam: 26,9% do emprego.
As pequenas empresas representam 26,1% do emprego
As médias empresas