Teatro
No período, da ascensão inicial do cinema norte-americano, a figura feminina apresentada era, de certo modo, limitada. Nesta época os papéis desempenhados pela mulher seriam, habitualmente, entre a jovem criança, a mãe, esposa e dona de casa, ou a mulher perseguida, que seria resgatada pelo herói.
Alguns anos mais tarde, continua a ver-se este tipo de estereótipo, mas agora assente no “ideal feminino da América”: caracóis loiros, vestuário elegante e simples, rosto redondo de boneca de porcelana.” Mary Pickford encarnava perfeitamente este papel, sendo uma das figuras de destaque da produção cinematográfica da época e, sem dúvida, a figura feminina de maior relevo.
Na década de 20, as estrelas de cinema começam a assumir o protagonismo que alcançam atualmente: “o sistema tendeu mesmo a transformar em verdadeiras divindades atrizes como Mary Pickford, Gloria Swanson, Mae Murray, Norma Talmage, Clara Bow.
Na pós-Primeira Grande Guerra, o papel da mulher surge numa nova perspetiva, muito ligado ao erotismo, e renova-se o cinema cómico.
Mais tarde, surge Greta Garbo, de origem sueca, e cujos primeiros papéis nos ajudarão a compreender a variedade de papéis femininos agora interpretados: camponesas, mulheres sedutoras, sensuais e vaidosas, “vamps”. O papel da mulher deixa de ser secundário, como até aí acontecia, e aparece como figura principal das obras, quer em histórias de amantes, com a sensualidade ao rubro e aproveitando todas as “armas femininas”, uma cândida rapariga tal e qual uma heroína de até então, que se modifica totalmente com o casamento, passando a adquirir uma personalidade avarenta e completamente deformada. Este tipo de papéis demonstra uma certa profundidade e riqueza na caracterização de personagens, que não existia até então, sobretudo no caso das mulheres.
A mulher no cinema francês
O cinema Francês é atualmente o mais dinâmico da Europa, tanto em termos de público, como em número de filmes produzidos e de