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As correlações entre arte, design, função estética[1], materiais e usabilidade, constituem alguns dos grandes questionamentos recorrentes na contemporaneidade. Se o Design é responsável por conciliar os imperativos da produção com as necessidades sociais sem abrir mão de valores estéticos, no estágio atual da evolução do sistema capitalista tardio (JAMESON, F. 1997), a função estética passa a ocupar um lugar ainda mais proeminente.
Até o século XVIII, a reflexão filosófica de cunho estético, considerando as técnicas de produção, discutia a arte vinculada ao conceito do belo como perfeição. A partir da Revolução Industrial e seus desdobramentos, ocorre uma mudança nos conceitos vigentes da arte e de sua avaliação interpretativa, sem ainda se conceber a máquina no centro do processo da especulação e produção artística. É na passagem do século XIX para o século XX que começa a se evidenciar a reflexão da atividade do design, como alternativa de conciliação entre a produção artística e industrial, e que vai caracterizar a estética do design modernista, sob a influência da Bauhaus (e da Vchutemas, no âmbito da revolução soviética).
No período modernista (primeira metade do século XX), a produção do design bauhausiano preconizava a funcionalidade e a satisfação das necessidades sociais, na tentativa de uma conciliação entre a arte, artesanato e a produção industrial, sob a égide da arquitetura. Neste processo, devido às restrições impostas pela máquina, a questão estética foi orientada para a subordinação da forma à função (good design).
Os grandes movimentos das vanguardas históricas (ARGAN, G. C. 1992), tais como o cubismo, futurismo, abstracionismo, neo-plasticizo, suprematismo e construtivismo russo vão, paralelamente, influenciar o surgimento de uma “estética da máquina” vinculada à produção. Nesse contexto, o