Tcc Vers O 9

INTRODUÇÃO

O lema presente no brasão da cidade de São Paulo é “Non Ducor, Duco” que, traduzido para o português, significa “Não sou conduzido, conduzo” e valoriza a independência e papel de liderança da cidade. Fazendo uma alusão ao tema em estudo nesta tese, parece que esta não é mais uma realidade para a maioria dos motoristas da principal metrópole sul-americana.
Afinal, não mais se conduzem veículos na capital paulistana. Anda-se, apenas na medida que o trânsito e seu rotineiro congestionamento, permite.
Não mais se conduz. Se é conduzido pelo mar de veículos que atrasa a principal cidade do hemisfério sul.
São Paulo está a beira de um colapso no que diz respeito ao seu caótico trânsito e as condições pioram dia-a-dia.
Estatísticas mostram que, no ano de 2008, oitocentos novos emplacamentos ocorrem a cada dia no Estado de São Paulo, segundo a assessoria de imprensa do Detran. Por emplacamento entende-se o registro oficial de veículos (carros e motos) novos. Como comportar toda esta contingência em uma área já com espaço físico saturado e confuso?
Em reportagem recente, a revista Veja (edição nº2.051, de 12.03.2008, na matéria “Devagar, Quase Parando”, pg.26-30) apresentou o dado de que na cidade transitam “6 milhões de veículos. Quase um para cada dois habitantes” e, logo em seguida revela que “na última década, a frota paulistana aumentou 2,5 vezes mais do que a própria população”.
Seguindo estas estatísticas, onde vamos parar? Ou melhor, quando, exatamente, é que a cidade vai parar de se movimentar?
É necessário entender que o tempo despendido nos deslocamentos nas vias paulistanas é, antes de mais nada, um tempo improdutivo e que custa caro. Nada se produz. Pouco se faz.
Nenhum contrato é assinado. Nenhuma ação de melhoria, aprovada. Nenhum paciente, atendido. Nenhum tijolo a mais é cimentado à obra. Não se cresce. Não se evolui. Fica-se parado. E este não é o único problema que reflete na vida dos paulistanos.
O governo estadual estima que em picos