TCC orientação educacional
CURSO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL, SÉRIES INICIAIS E GESTÃO ESCOLAR
LILIAN MARISSOL BORGHETTI
EDUCAÇÃO SEXUAL PARA PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS FÍSICAS E MENTAIS
BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC, 2010
EDUCAÇÃO SEXUAL PARA PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS FÍSICAS E MENTAIS
Este trabalho trata da sexualidade da pessoa portadora de deficiência física, no que se refere tanto às dificuldades geradas pelo próprio limite do corpo, quanto pelo uso que faz da deficiência para mascarar outros problemas que nada tem a ver com a própria condição.
A sexualidade faz parte da vida de qualquer ser humano, seja uma pessoa com deficiência ou não. Ela vai além do sexo, que é apenas seu componente biológico, não é só uma atividade genital, mas a mais íntima manifestação de vida.
O exercício da sexualidade dos adolescentes, assim como a sexualidade dos deficientes gera consequências que afetam não só o nível individual, mas especialmente o nível familiar e o social, pela situação de dependência afetiva e econômica em que se encontram. A sociedade insiste em visualizar as debilidades e não as capacidades das pessoas portadoras de deficiência.
Em pleno século XXI, ainda acredita-se que a mulher e o homem com deficiência não têm sexualidade. Eles tendem a serem vistos de forma infantilizada, a serem protegidos e cuidados (esta postura ainda é bastante comum, especialmente com adolescentes com deficiência intelectual). Esse estigma também traz outros grandes equívocos. Por exemplo: mulheres com deficiência física, em cadeira de rodas, não podem ter filhos ou praticar o ato sexual; ou mulheres e/ou os homens cegos possuem um toque mais sensível, o que tornaria o ato sexual muito mais prazeroso. Também paira o mito de que as pessoas com deficiência intelectual são sem-vergonhas, inconvenientes, e masturbadores compulsivos, por terem uma suposta sexualidade exacerbada e