Taxa de jurus
Quando se realiza uma operação financeira a uma determinada taxa de juros, pressupõe-se a remuneração do capital emprestado a essa mesma taxa. À medida que essas unidades monetárias emprestadas se desvalorizam, em decorrência de um processo inflacionário, essa remuneração fica distorcida. Em uma economia estável, a atualização monetária deixa de ter papel fundamental nas operações financeiras de curto e médio prazos. Porém, nas operações de longo prazo ela não deve ser desprezada.
Taxa de juros ( i ): É aquela utilizada para o cálculo da remuneração de um capital aplicado/emprestado.
Taxa de inflação ( j ): É a taxa de inflação prevista para determinado período
Taxa real ( r ): É aquela obtida expurgando-se de uma taxa de juros o efeito inflacionário.
Retirando o efeito inflacionário de uma taxa de juros: E. 1 + r = ( 1+ i ) / ( 1 + j ) .
Colocando o efeito inflacionário em uma taxa real: . 1 + i = ( 1+ r ) x ( 1 + j ) .
Exemplo:Uma aplicação de R$ 1.000, à taxa de 10% aa, durante um ano sofreu um impacto inflacionário de 4% no mesmo período. Qual foi o ganho real?
Como há um ganho de 10% a.a. e uma perda de 4% a.a., podemos ter a sensação de que o ganho real foi de 6% a.a. Porém:
Resultado da aplicação => [ f ] [ CLX] 1000 [ PV ] 10 [ i ] 1 [ n ] ? [FV] => 1.100,00
Efeito da inflação => [ f ] [ CLX] 1000 [ PV ] 4 [ i ] 1 [ n ] ? [FV] => 1.040,00
Ganho real => 1.040 [E] 1.100 [ (% ] => 5,77 % aa
Podemos chegar a esse resultado utilizando a relação apresentada acima:
Taxa real: r = (1,10 / 1,04) – 1 (x100) => r = 5,77 % aa
Exercícios:
E58 - Qual a taxa real de juros embutida em um financiamento no qual é cobrada uma de taxa de juros de 3,5% a.m., se a inflação for de 1,0% a.m.? a)