Tau Franciscano
Tau é um emblema bíblico. É a convergência das duas linhas: verticalidade e horizontalidade. Significam o encontro entre o céu e a terra. O Divino e o humano.
Na Bíblia o profeta Ezequiel ouvi Deus: “Os inocentes marcados com este sinal (TAU) serão salvos.” (Ez 9,4).
Em geral, o Tau é pendurado no pescoço por um cordão com três nós. Este cordão significa o elo que une a forma de nossa vida. O fio condutor do Evangelho.
A síntese da Boa Nova está nos três nós do cordão, os quais são os três conselhos evangélicos: obediência, pobreza e castidade (pureza de coração). Obediência significa acolhida para escutar o valor maior. Quem abre os sentidos para perceber o maior e o melhor não tem medo de obedecer e mostra lealdade a um grande projeto. Pobreza não é categoria econômica de quem não tem, mas é valor de quem sabe colocar tudo em comum. Ser pobre, no sentido bíblico-franciscano é a coragem da partilha. Ser puro de coração é ser transparente, casto, verdadeiro. É revelar o melhor de si.
Os três nós significam que o obediente é fiel a seus princípios; o pobre vive na gratuidade da convivência; o casto cuida da beleza do seu coração e de seus afetos. Tudo isto está no Tau da existência!
Muitos seguidores usam o Tau como um amuleto, um pingente, uma jóia... Modos incorretos de se pensar em seu uso. Ele é um sacramental que nos recorda um caminho de salvação que vai sendo feito ao seguir, progressivamente, o Evangelho. Assim, pede-se que a pessoa que usa o Tau faça jus aos três nós.
O Tau deve ser um sinal de uma espiritualidade deve ser um sinal de que aquele (a) que o usa é uma pessoa que vive em tensão de permanente conversão e mudança de vida, em vontade firme de se tornar nova criatura; deve ser sinal de que aquele (a) que o ostenta é uma pessoa que busca a sua salvação e de todos os homens na cruz de Jesus Cristo; deve ser um sinal de que aquele (a) que o traz é uma pessoa que vive a esforçar-se por ser pobre, por se despojar e desprender dos bens