Tabagismo

Introdução e natureza do problema

O consumo de tabaco é hoje, em dia, nos países desenvolvidos, a principal causa de doença e morte prematura evitáveis.

Está actualmente bem estabelecida a relação entre o consumo de tabaco e o aparecimento de numerosas doenças, das quais se destacam as neoplasias em diversas localizações, as doenças de foro respiratório e cardiovasculares.

A relativa aceitabilidade social do tabaco nalguns países, como Portugal, e a dependência que lhe está associada limitam o controlo do tabagismo. Urge pois que se avance com firmeza na implementação de medidas concretas que visem a protecção do fumador passivo.

Os elevados custos do consumo de tabaco, económicos e para a saúde, são razão suficiente para que se considere a redução do uso do tabaco como a mais importante medida de saúde pública a adoptar.

Em Portugal continental, um estudo realizado em 1998-99 pelo Observatório Nacional de Saúde refere que 19,2% da população inquirida com mais de 15 anos de idade era fumadora actual, sendo 30,5% do sexo masculino e 8,9% do sexo feminino.

Portugal é o país da União Europeia onde a taxa global de prevalência do tabagismo é mais baixa (média europeia 34% em 1995 e 28,7% em 1997).

Entre os homens, a prevalência do tabagismo diminuiu desde 1977, altura em que 48% dos homens fumavam. Contudo, no sexo feminino, o tabagismo aumentou bastante desde aquele ano, quando apenas 3% das mulheres fumavam.

Contudo, é de salientar, que o grande aumento de consumo de tabaco pela mulher, iniciou-se a partir da II guerra mundial, devido essencialmente, à modificação do papel da mulher na sociedade e à publicidade abusiva ao tabaco, dirigida a grupos particulares.

O tabaco surge associado à emancipação da mulher, a imagens de luxo, beleza, elegância, sucesso e autoconfiança. A tendência para o consumo de tabaco na mulher mantém-se. Em alguns países desenvolvidos, o número de homens e