tabagismo
O PROGRAMA DE CONTROLE DO TABAGISMO NO BRASIL :
AVANÇOS E DESAFIOS
Elaborado por Tânia Maria Cavalcante1 com a colaboração da Equipe da
Divisão de Controle do Tabagismo e
Outros Fatores de Risco de Câncer/Coordenação de Prevenção e Vigilância/Instituto Nacional de Câncer/Ministério da
Saúde: Aline Mesquita, Andréa Reis, Beatriz Jardim, Cleide Carvalho, Cristina Perez, Cristiane Vianna, Érica Cavalcanti,
Fábio Gomes, Felipe Mendes, Gilcenira Esteves, Júlio Wong, Luisa Goldfarb, Luana Soares, Márcia Teixeira, Marcus
Valério Oliveira, Maria Raquel Silva, Mariana Pinho, Paula Peterman, Ricardo Meirelles, Rita de Cassia Martins, Sueli
Couto, Tatiane Soares, Valéria Cunha, Vera Lúcia Colombo.
1. INTRODUÇÃO
Apesar de ser um país em desenvolvimento, de ter dimensões continentais e quase 200 milhões de habitantes, e de ser o segundo maior produtor e o maior exportador de tabaco em folhas do mundo, o Brasil tem conseguido desenvolver um Programa de
Controle do Tabagismo forte e abrangente.
E alguns resultados positivos já vêm sendo observados, como a
redução do
consumo anual per capita de cigarros em cerca de 32% entre 1989 e 2002, mesmo computando-se as estimativas de consumo de produtos provenientes do mercado ilegal ( contrabando e falsificações) ( Brasil - Ministério da Saúde, 2003 ); e a redução da prevalência de fumantes de 32% em 1989 para cerca de 20% em 2002 (Brasil – Pesquisa
Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN), 1989; Brasil - Ministério da Saúde/Secretaria de
Vigilância em Saúde, 2004).
Por outro lado, muitos ainda são os desafios a serem enfrentados. Ainda morrem no
País cerca de
200.000 pessoas por ano devido ao tabagismo, provavelmente como
conseqüência dos efeitos tardios da expansão do consumo de tabaco que teve início na década de 50 e 60, e atingiu o seu apogeu na década de 70 (PAHO, 2002). O câncer de
pulmão