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Aposentados que retornam à ativa ou idosos que nunca pararam de trabalhar. Saiba quais são as vantagens e desvantagens que o mercado oferece para os mais experientes. Por Paula Araujo
Recentemente, uma medida colocou os idosos em destaque. O presidente Lula sancionou, em junho, o reajuste de 7,7% aos aposentados que ganham acima de um salário mínimo. Em um país onde o contingente de pessoas com mais de 60 anos – considerado idoso pelo Estatuto do Idoso – somava cerca de 21 milhões até 2008, superando índices europeus, é normal que se pense nas condições de vida da população mais velha. Mais numerosos nas ruas, os idosos também passaram a assumir um espaço maior no mercado de trabalho. De acordo com tabela fornecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, em 2006, as pessoas ocupadas com mais de 65 anos somavam 3.160 milhões. Em 2008, o número cresceu para 3. 317 milhões.
“Quando o aposentado entra novamente no mercado, ele tem a possibilidade de interagir e participar da vida social. Ele sai das condições de isolamento a que se submetia e tem a oportunidade de convívio com pessoas de outras idades”, afirma Maria Angélica Sanchez, presidente do departamento de gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
Para a psicóloga e professora da PUC-RS Irani Argimon, o aumento da auto-estima é uma das maiores vantagens para o idoso, que às vezes prefere nem se aposentar, seguindo no mercado de trabalho. “Sentir-se valorizado e ainda capaz reforça os seus relacionamentos familiares e sociais e consequentemente os do trabalho.”
Segundo Irani, um dos motivos que levam à volta ou à continuação no trabalho é a questão financeira, “visto que a aposentadoria rebaixa em muito a qualidade de vida do idoso. Outra questão são as possibilidades tanto cognitivas quanto emocionais de continuar uma jornada de trabalho por mais alguns anos.”
A possibilidade de o idoso ser parte