As cidades europeias no final do século XVI, possuíam um traçado orgânico medieval que sofreu uma transformação impactante durante o período renascentista, que regia o desenho urbano a partir do sistema geométrico de proporção e simetria. Entretanto, no começo do século XVII há uma crise econômica e uma crise da classe dirigente renascentista que faz emergir uma nova classe dirigente de novos reis, nobres e um novo clero, o último com uma nova postura diante do processo da Contrarreforma estimulados por vários movimentos contrários a conduta de Igreja Católica. Benevolo, faz a análises de várias cidades europeias incluindo Londres(Inglaterra) e Amsterdã(Holanda)que transformam suas cidades a partir de conceitos liberais ou propriamente burgueses e de cidades que são transformadas através de conceitos absolutistas ou de poder religioso como Roma, Versalhes, Paris, Viena, que aplicam a partir de novos projetos de desenho urbano, conceitos adotados pelo urbanismo Barroco, cada uma com uma prioridade, que aconteceu durante o final do século XVI e meados do século XVII (1600-1650). O enfoque deste artigo são as cidades que possuem desenho urbano embasados no poder religioso e monárquico (absolutista). A primeira a ser compreendida é Roma, que com o patrocínio papal (Clero) tentava responder aos fortes avanços da Reforma Protestante (abrigava Luteranos, Calvinistas e Anglicanos) a principal reforma religiosa dentre tantas que vinham surgindo. O espírito das reformas religiosas, associado às mudanças empreendidas no período renascentista, não teve início no século XVI mas já havia se manifestado no período medieval em que a população europeia já vinha descontente com a Igreja que já possuía extensas faixas de terras e privilégios no tratamento dado a ela. A Reforma Protestante foi só a intensificação deste descontentamento. A diferença principal das reformas do século XVI foi a divisão da cristandade europeia. A própria Igreja Católica alvo dos cristãos reformados que