Sócrates e os sofistas
Em Atenas, Sócrates não era o único a filosofar. A cidade, com o seu esplendor cultural e regime democrático, atraía a si estrangeiros que se davam pelo nome de sofistas.
Os sofistas eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia. Levando em consideração os interesses dos alunos, davam aulas de eloquência e sagacidade mental, ou seja, ensinavam a persuadir mesmo sendo mentira e eram astuciosos. Ensinavam conhecimentos úteis para o sucesso dos negócios públicos e privados. Sócrates investigava a natureza, a constituição das coisas, o ser com seu conhecimento, fazia muitas criticas políticas e sociais e desenvolvia os filósofos ou pensadores. Ele visava o bem, virtudes e verdades, junto ao bom e o justo.
Ao contrário dos sofistas, Sócrates não recebia pagamento pelo que ensinava. Dispensava gratuitamente o seu saber a quem dele necessitava. Contudo, foi considerado por muitos como sofista porque aparentemente exercia o mesmo ofício. Como eles, instruía a juventude, discutia em público política e moral, religião e por vezes arte e, como eles, criticava com vigor as noções tradicionais nas diferentes matérias, mas Sócrates não era um sofista, pois revolucionou o mundo com seu modo de pensar. Sua filosofia se diferenciou dos pré-socráticos com um jeito novo de se chegar à verdade. Esse jeito novo consiste em reconhecer primeiro, a própria ignorância para partir em busca do saber. Frase celebre que conhecemos exemplifica isso: "Sei que nada sei".
Diferenças entre Sócrates e os sofistas:
Os sofistas buscam o sucesso e ensinam as pessoas como consegui-lo; Sócrates busca a verdade e incita seus discípulos a descobri-la.
Os sofistas tem que fazer carreiras; Sócrates quer chegar à verdade, desapegando dos prazeres e dos bens materiais.
Os sofistas gabam-se de saberem tudo e fazer tudo; Sócrates tem a convicção de que ninguém pode ser mestre dos outros.
O sofista é um professor ambulante;