Síntese texto a abordagem de pichon riviére e articulações com outras contribuições para a pratica psicopedagogica institucional
Eloisa Quadros Fagali
Para Fagali, Pichon pode contribuir para a prática psicopedagógica institucional, pois ressalta a importância da inter-relação entre os indivíduos na aprendizagem em grupo.
Aprender implica numa relação dinâmica e dialética do homem com o outro, na rede interativa grupal, no interjogo entre mundo interno (grupo internalizado através das experiências passadas) e mundo externo (novas internalizações de relações que ocorrem no presente), sendo necessário compatibilizar a nova experiência com a velha: comparar, perceber, acrescentar e excluir.
Ele também propõe neste contexto uma dinâmica própria chamada “grupo operativo”, é um espaço onde a os pessoa integrante pode aprender a pensar e sentir usando novas formas de aprender, explicitando padrões e crenças antigas que, muitas vezes, geram resistência perante as novas, mas a busca é sempre por novas construções.
Na dinâmica interativa grupal se explicitam o jogo de expectativas e padrões de comportamento muitas vezes ocultos (conteúdos inconscientes coletivos), neste confronto entre diferentes valores, há uma busca do que é comum entre os integrantes do grupo (a identificação) por um processo de defesa e segurança.
A identidade possibilita o sentimento de “continuidade”, de algo que se mantém diante da possibilidade do novo (descontinuidade) e das mudanças que ameaçam e provocam medos. Estes medos que fazem parte dos conteúdos do inconsciente de cada um, paralisam a aprendizagem. Para que isso não aconteça, faz-se necessário deixar que estes medos se manifestem no consciente grupal, que se tornem explícitos, dialogando com eles, mobilizando a aprendizagem do indivíduo do grupo.
Segundo Fagali, se pudermos olhar, mais profundamente, o que acontece nesses processos inconscientes, observamos que em todas as relações existem a terceira pessoa como “um fantasma” (um terceiro