Síntese do texto Estado, sistema financeiro e forma de manifestação da crise, 1929/1974
O desfalecimento da economia Americana era evidente no fim dos anos 60. A capacidade de inovação dos setores líderes (oligopólio automotriz, eletroeletrônico e a construção civil) já estava sobreinvestida. Tal esgotamento do “modelo” americano dava espaço para a expansão do capitalismo alemão e japonês.
O BP americano complicava a cena. Bretton Woods foi formalmente desfeito – provocando grande instabilidade nos mercados. A desvalorização do dólar levou a especulação (euromercado, euromoeda) – o câmbio passou a flutuar. O que levou tudo isso a ocorrer, entre outras razões, foi o esgotamento do regime fordista de acumulação (uma crise, que levou a uma queda abrupta do investimento, por conta da falta de oportunidades de investimentos rentáveis). O choque do petróleo foi só a cereja do bolo, nesse contexto.
Na construção da crise do regime de acumulação, houve sobreinvestimentos e acumulação de estoques. A fim de manter a rentabilidade de seus negócios, os empresários diminuem a produção (contando gastos com os fatores de produção) e procuram manter os preços (com isso as empresas marginais se endividam – levando a pressões inflacionárias caso os juros aumentem).
Os países industriais, durante a crise, tiveram um hiato de preços que os favoreceram. Os EUA conseguiram se estabilizar, a Alemanha também. França, Inglaterra, Itália e Japão tiveram problemas, pois eram extremamente dependentes do petróleo. Os países periféricos, como quase sempre, deram-se mal. Tinham que importar petróleo mais caro assim como bens industriais mais caros. Permitiram déficits em transações correntes enormes e os financiaram com as euromoedas (aí nasce a futura crise da dívida).
Políticas de cunho keynesiano mostraram-se insuficientes, por quê? A chave está na convergência de (1) problemas de realização da dinâmica ao fim de um ciclo de expansão e (2) do debilitamento