Síntese das clínicas do trabalho
1. Referência bibliográfica:
BENDASSOLLI, P. F.; SOBOLL, L. A. Introdução às clínicas do trabalho: aportes teóricos, pressupostos e aplicações. In: ___. Clínicas do trabalho: novas perspectivas para a compreensão do trabalho na atualidade. São Paulo: Atlas, 2011. p. 03-21.
Conforme afirmam Bendassolli e Soboll (2011) as clínicas do trabalho são um conjunto de teorias que dirigem seus estudos para a relação entre trabalho e subjetividade. Os autores chamam a atenção para o fato de que a clínica do trabalho é diferente do trabalho na clínica a despeito da nomenclatura ser semelhante. O trabalho clínico se dá mais no âmbito individual, ao passo que nas clínicas do trabalho há um enfoque no social assim como também há contemplação de vivências e experiências individuais. Ainda segundo os atores, a psicologia se constitui por diversas formas de se olhar para o trabalho, representadas, por exemplo, pela psicologia social, cognitiva comportamental, abordagens clínicas, dentre outras. As clínicas do trabalho se diferenciam das abordagens que compõem a Psicologia Organizacional e que tem por objetivo contribuir para a melhora e controle do desempenho humano no trabalho.
Diferente de buscar compreender o significado e as consequências que aspectos individuais têm no desempenho e na produção, as clinicas do trabalho buscam compreender o significado que determinados aspectos do trabalho possuem para o indivíduo enquanto sujeito. Portanto, a clínica do trabalho não visa melhorar o desempenho do trabalhador, mas por outro lado, pensar junto com ele a subjetividade e o trabalho.
Para isso, uma das práticas importantes é a pesquisa-ação que permite o cumprimento por parte do psicólogo do papel de clínico social que ajuda nas transformações favoráveis à saúde mental, bem como do papel de pesquisador-clínico que trata a pesquisa como práxis social. Segundo Bendassolli e Soboll (2011, p.5) a pesquisa-ação “trata-se