Síndrome de Rasmussen
Neuropsicologia
Aluna: Ana Filipa Coutinho de Sousa nº6086 – turma IPL
Docente: Professora Doutora Helena Espírito Santo
1.Introdução
O presente trabalho insere-se na temática da epilepsia, onde pretendo elaborar uma compreensão/reflexão acerca dos principais conceitos do síndrome de Rasmussen, assim como os principais tratamentos e resultados apresentados nos diferentes artigos que recolhi. No decorrer das aulas, o tema despertou a minha atenção e sendo que este síndrome é ainda pouco estudado, resultou numa motivação mais forte em mim para o aprofundar.
2.Síndrome de Rasmussen
Os termos “Encefalite Crónica e epilepsia” surgem pela primeira vez em 1958, pela mão de Theodore
Rasmussen (citado em Dina Amrom, 2014).
O neurocientista canadiano, em 1958, escreve e publica um artigo sobre 3 crianças suas pacientes
“Focal seizures due to chronic localized encephalitis”, e a partir deste, esta patologia é uma condição primordial para estudar o tipo de epilepsia causadas por processos de inflamação crónicos. Passa também a ser conhecido e utilizado como síndrome de Rasmussen ou encefalite de Rasmussen pela maior parte dos clínicos e investigadores depois da década de 80 (Bauer, Vezzani, & Bien, 2012)
(Caraballo, Fortini, simo, Monges, & Pasteris, 2013) (Samia, et al., 2013) (Stahnisch & Nakashima,
2013).
Síndrome de Rasmussen é uma patologia muito severa e rara, e define-se por um encefalopatia inflamatória caracterizada por atrofia unilateral hemisférica, assim como por convulsões parciais refratárias e progressivas, associadas a deterioração cognitiva e défices focais (Armangue, PetitPedrol, & Dalmau, 2012) (Caraballo, Fortini, simo, Monges, & Pasteris, 2013) (Casciato, et al., 2013)
(Vimal, Nagarajan, & Sriram, 2015).
Ocorre principalmente durante a infância, entre os 4 e 9 anos de idade, embora estejam também documentados alguns casos de início tardio em adultos, sendo que nestes casos a patologia tem uma
progressão mais lenta e menos severa