São Luís em números
A partir de 1960, grandes empreendimentos chegaram a São Luís. A Estrada de Ferro Carajás (EFC), o Complexo da Alumar e o Porto do Itaqui atraíram milhares de pessoas para a capital. Neste mesmo período, as grandes pontes da cidade foram construídas – Governador Newton Bello, interligando o Ipase à Ivar Saldanha; Governador José Sarney, ligando o Centro Histórico ao São Francisco; e Bandeira Tribuzi, que interliga o Centro de São Luís ao Jaracati –, além da Barragem do Bacanga.
Todas essas construções permitiram a expansão da cidade para além do eixo Centro-Rio Anil. São Luís entrou, então, em um ritmo acelerado de crescimento urbano, econômico e populacional. “Nos últimos 35 anos, São Luís cresceu 10 vezes mais que nos seus primeiros 350 anos de fundação. A área ocupada da cidade, restrita à faixa que ia do Centro ao Anil, passou de 4.500 hectares para 45 mil”, explica Frederico Lago Burnett.
PROBLEMAS DE GENTE GRANDE
Secretário-adjunto da Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid), doutor em Políticas Públicas e professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Frederico Lago Burnett é autor do livro Urbanização e Desenvolvimento Sustentável no qual ele afirma que São Luís passa por diversos problemas de sustentabilidade derivados do crescimento urbano acelerado das últimas décadas. “A falta de um planejamento urbanístico eficiente no momento em que a cidade retomou seu crescimento econômico provocou, nos dias atuais, problemas de saneamento e transporte coletivo, por exemplo”, afirma.