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“ À medida que apresentamos as características típicas do prisioneiro num campo de concentração, poderíamos ter a impressão de que o ser humano é alguém completa e inevitavelmente influenciado pela circunstância que o envolve (entendendo por circunstância a singular estrutura do campo de concentração que obrigava o prisioneiro a adequar a sua conduta a um determinado conjunto de regras de comportamento). Mas, o que podemos dizer acerca da liberdade humana? Não há uma liberdade espiritual relativa à conduta e à reacção perante dada circunstância? Não é certo que a teoria nos ensina que o Homem não é mais do que muitos factores ambientais condicionantes, sejam de natureza biológica, psicológica ou sociológica? O homem é só um produto acidental destes factores? Podemos contestar todas estas questões com base na experiência e também em princípios teóricos. As experiências da vida num campo demonstram que o Homem tem capacidade de eleição. Os exemplos são numerosos e até heróicos. São exemplos que provam que pode vencer a apatia e eliminar-se a irritabilidade. O homem pode conservar a liberdade espiritual, a independência mental, inclusivamente em terríveis circunstâncias de tensão psíquica e física. Os que estivemos nos campos de concentração, recordamos os homens que iam de barracão em barracão consolando os outros, dando-lhes o último pedaço de pão que lhes restava. Podem ter sido poucos em número, mas ofereceram provas suficientes que ao homem se pode tirar tudo, excepto uma coisa : a última das liberdades humanas – a eleição da atitude pessoal perante um conjunto de circunstâncias – para decidir o seu próprio caminho.” Viktor Frankl

b) Elabore um comentário ao texto:

- identificando o tema, problema e tese e argumentos que sustentam a tese defendida pelo autor.

- relacionando os conceitos de livre