Sustentabilidade
O artigo pretende visa realizar uma abordagem da questão da sustentabilidade e suas implicações socioambientais ante à globalização. Assim, a exposição estabelece um breve debate acerca da questão da sustentabilidade num período de aprofundamento caótico da crise sócio ambiental apontando interfaces e seus desafios diante da ordem jurídica socioambiental pautada pelas relações geopolíticas do cenário atual.
Palavras chave: crise socioambiental, globalização, sustentabilidade.
A CONJUNTURA E A GEOPOLÍTICA DISCURSIVA DA SUSTENTABILIDADE
O conceito de sustentabilidade é fadado a uma grande ambigüidade. Porém, a sua polissemia, paradoxalmente, não desconstitui os seus atributos utópicos e pragmáticos no campo das complexas demandas societárias ambientais contemporâneas. A história da sustentabilidade converge com o palco das demandas ambientais emergentes nos anos 70. A principal expressão desta corrente se dá como a Bomba Populacional, de Paul Erhlich com suas teses propagandeadas pelo Relatório do Clube de Roma.
Do outro lado, surge a nova esquerda européia, resultante do movimento contra cultural do maio de 68. Neste cenário histórico, brotavam outras variantes abrangendo diversos espectros ideológicos que resultaram na formação de ONGS, como o Greenpeace, nos anos 70. Os partidos verdes, especialmente na Alemanha, nos anos 80, assim como outras vertentes e organizações com os mais variados espectros de ação,4 também são resultantes deste processo mais amplo de constituição das lutas ambientais.
A partir de uma perspectiva futura desenha-se um possível cenário de hecatombe ecológica promovida pela sociedade industrial capitalista e, anteriormente, pela sua congênere socialista real. O debate ambiental assume protagonismo devido ao tamanho da crise socioambiental sem precedentes que atinge o planeta. A crise ambiental da modernidade surge como questão fundamental a ser enfrentada pelo conjunto da humanidade.
Nos anos 80 e 90 surgem movimentos que