Sustentabilidade
Desde então, a empresa vem construindo sua marca como uma companhia empenhada em questões socioambientais. Neste ano, ela anunciou duas medidas que reforçam essa postura. Uma delas foi a total eliminação de testes em cobaias uma prática que era motivo de fortes críticas de entidades que atuam em defesa dos animais.
A outra foi o lançamento do projeto de redução de gases geradores do efeito estufa em sua cadeia produtiva. "Essas duas iniciativas eram sonhos antigos, que a Natura conseguiu realizar neste ano", diz Alessandro Carlucci, presidente da empresa.
A primeira iniciativa é a ponta-de-lança de uma mudança mais radical que a Natura vem promovendo em sua linha de produtos. Além de abolir testes em animais, ela está, aos poucos, mudando as fórmulas de seus cosméticos.
Saem de cena os ingredientes animais e minerais (provenientes do petróleo) e entram matérias-primas vegetais. Os sabonetes foram a primeira linha de produtos a passar por essa mudança, em 2005, num processo que a companhia chama de "vegetalização". O sebo de boi, a matéria-prima mais usada, foi substituído por óleos vegetais.
"Quando o consumidor perceber que, em vez de tomar banho com sebo de boi, terá óleos vegetais, é claro que ele dará preferência ao sabonete vegetalizado", diz Carlucci.
Embora a empresa esteja fazendo investimentos em pesquisa para que a troca de materiais não interfira na aparência, na cor e no cheiro dos produtos, algumas mudanças serão inevitáveis. O preço dos cosméticos, segundo o próprio Carlucci, deve subir, embora ainda não seja possível estimar quanto. "Ainda estamos mensurando e tentando mitigar esse impacto."
Apesar do risco, especialistas acreditam que a