sustentabilidade
Os modelos predominantes de desenvolvimento voltados para soluções de mercado ou para ações estatais centralizadoras e impositivas, levaram, em poucos anos, a sociedade contemporânea a uma crise generalizada. A partir da década de 1970, as crescentes críticas a estes modelos culminaram em um consenso acerca da necessidade de mudança de paradigmas nesse sentido. Levando-se em conta que desde o surgimento da vida as crises sempre existiram, não era de se esperar que na atualidade as coisas fossem diferentes. Entretanto, as crises que eram exclusivamente causadas por questões naturais, hoje se mostram fruto de uma sociedade comandada por um sistema extremamente incompetente do ponto de vista da sustentabilidade. Nos últimos quatrocentos anos de história da sociedade humana, observaram-se inúmeros fenômenos complexos, que contribuíram, direta ou indiretamente, para a sua atual organização – ou desorganização. O surgimento dos primeiros aglomerados humanos sedentários, o aparecimento das cidades e a urbanização e a metropolização e modernização das mesmas, são notáveis sob esta perspectiva. Concomitante a tais fenômenos, é que se deu a imposição do sistema capitalista como modelo hegemônico, o que fez surgir uma série de debates e conferências que culminaram com o conceito de desenvolvimento sustentável, como novo paradigma, uma vez que os tradicionais modelos existentes já não correspondiam à nova ordem global. Desde o seu surgimento, em 1973, o conceito de ecodesenvolvimento, substituído no final da década 1980 pelo atual – desenvolvimento sustentável, muitas foram as controvérsias a respeito das estratégias para se atingir tal modelo. Em um de seus trabalhos, Ignacy Sachs (2004), propõe que a elaboração de tais estratégias permeie algumas dimensões da sustentabilidade: 1. Sustentabilidade Social – criação de um processo de desenvolvimento civilizatório baseado no ser e que seja sustentado por uma maior eqüidade na distribuição