Sustentabilidade da nova classe media
O que realmente esta acontecendo é a forma de como essas pessoas vivem, como trabalham, como passam o seu tempo livre, o que consomem. Essa nova classe C não se adéqua aos olhos da sociedade de ser uma classe media, são “pessoas comuns”, que aceitam trabalhar 10 horas por dia, como pedreiros, motoristas, feirantes e no final de semana, sair com seu carro semi novo para comprar um sorvete e conversar na praça de alimentação de algum shopping em bairro popular.
Devido ao aumento de renda, à política de juros baixos e aos financiamentos facilitados a partir do Plano Real, esses "novos consumidores" obtiveram mais acesso a bens duráveis, especialmente eletroeletrônicos, elevando assim seu status perante seus iguais e muitas vezes adequando através de táticas seu novo padrão de consumo, principalmente de carros e eletroeletrônicos.
Essa nova parcela da sociedade esta tendo uma visão voltada a bens materiais, e esquecem-se do conjunto de elementos imateriais, que antigamente também eram levados em consideração para classificar uma família de classe media.
Essa classe C é composta de pessoas que não terminaram o ensino médio ou até mesmo o ensino fundamental, são pessoas que trabalham aos sábados e até aos domingos, muitas vezes donos de estabelecimentos como bares, lojinhas de bairro ou pequenas lanchonetes. Mas afinal, quem são essas pessoas?
A acompanhante de idosos Fernanda Nascimento, 25 anos, e seu marido, o pedreiro Carlos Rogério de Oliveira, de 31, não terminaram o ensino fundamental. O casal mora em Nova Iguaçu, com as filhas de 5 e 1 ano de idade. Fernanda e Carlos Rogério não têm casa própria, cartão de crédito nem plano de saúde. Suas filhas não estão em escola particular e o casal enfrenta uma jornada de trabalho de