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O primeiro prático oficial no Rio Grande do Sul foi o piloto Gaspar Santos, mandado pelo Brigadeiro Silva Paes, a fim de descobrir os baixios e canais na barra do Rio Grande, onde depois ficou servindo como Prático e Patrão Mor da praticagem da província de São Pedro do Rio Grande do Sul, desde a barra do Rio Grande, incluindo a Lagoa dos Patos e a Lagoa Mirim.
A navegação de praticagem na Laguna dos Patos começa a ser citada a partir de 1750, quando o General Gomes Freire de Andrada, é incumbido de levar as tropas e preparar o terreno para a chegada dos imigrantes açorianos. Gomes Freire acreditou que o caminho mais lógico para as longínquas Missões seria através de barcos que rompessem a barra do Rio Grande, subissem a Laguna dos Patos e daí infletissem para o oeste pelo rio Jacuí. Entretanto, desde logo é informado das difíceis condições de praticabilidade da lagoa, sem um canal de navegação entre os traiçoeiros baixios. Em 1795, os práticos da barra já possuíam uma pequena catraia que ia e vinha pela barra indicando por sinais qual o nível dos bancos de areia para os veleiros que se dirigiam para o porto do Rio Grande.
Em de 15 de novembro de 1802, foram criados os cargos de patrão-mor (prático chefe) das barras dos portos do Pará, Bahia e do Rio de Janeiro, determinando que se concedesse a preferência para ocupá-los aos portugueses que já houvessem exercido o ofício nas mestranças de Lisboa. No Rio Grande do Sul, quem exercia a função à custa do Governador da Capitânia era o patrão José Francisco Rosa, passando em 1803 para Francisco Marques Lisboa, pai de Joaquim Marques Lisboa (Almirante Tamandaré, patrono da Marinha).Em janeiro de 1808, a carta régia da abertura dos portos brasileiros às nações amigas, feita por Dom João VI, criou através de Decreto, em junho do mesmo ano, a função de Prático, descrita da seguinte forma abaixo:
"Por quanto pela Carta Regia de vinte e oito de Janeiro próximo