Sumario Estudo Cambio
Fevereiro/2014
A taxa de câmbio é um dos principais preços relativos da economia, com influência direta no desempenho macroeconômico do país e na composição de sua estrutura produtiva. Trata-se de uma variável bastante complexa, pois se relaciona tanto com o mercado de bens e serviços como com o mercado de ativos.
O comportamento da taxa de câmbio reflete a competitividade da economia, já que sua desvalorização torna os produtos domésticos mais competitivos frente aos produtos estrangeiros. Assim, tal variável pode afetar o desempenho econômico pelos seus efeitos na composição setorial do país, ao implicar na maior ou menor presença dos setores de bens transacionáveis, que tendem a possuir maior capacidade inovadora, agregação de valor, nível de produtividade, entre outros aspectos.
Além de influenciar a atividade econômica e a capacidade de crescimento a longo prazo, a taxa de câmbio também impacta o comportamento dos preços, tanto em função dos custos dos produtos importados como pela maior atratividade para a venda de produtos nacionais ao exterior. A influência sobre o nível geral de preços domésticos e os produtos importados gera importantes efeitos redistributivos, que alteram o poder aquisitivo dos consumidores e as margens de lucro das empresas.
A grande relevância da taxa de câmbio para o funcionamento de uma economia suscita forte interesse acerca da análise de quais variáveis determinam o seu comportamento. Os modelos de curto prazo tendem a privilegiar a interação com o mercado financeiro, examinando o movimento do câmbio a partir de diferenciais de taxas de juros, expectativas (mercados futuros de câmbio e juros), presença de controles de capitais (incidência de impostos, por exemplo), entre outros. Por sua vez, os modelos de longo prazo focam em fatores de competitividade e no comportamento dos agregados macroeconômicos: taxas de inflação do país e ao redor do mundo, termos de troca,
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montante de poupança