Sujeitos éticos dos movimentos sociais
Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e
Nordeste
Período: 10 a 13 de novembro de 2013. UFPE
Internacionalização da Educação e Desenvolvimento Regional: implicações para a pós-graduação
GT03 – Movimentos Sociais, Sujeitos e Processos Educativos
SUJEITOS ÉTICOS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS: os educadores e suas formas de resistência aos processos de despolitização das experiências formativas
Auta Jeane da Silva Azevedo (UFPE)
Agência Financiadora: FACEPE
RESUMO
As práticas educativas dos movimentos sociais sempre estiveram relacionadas com processos de humanização pautados pela liberdade. Entretanto, a luta por acesso a financiamento passou a demandar exigências de eficácia para as organizações sociais. A tensão entre essas dimensões contribui para uma perda de identidade e descaracterização de seus valores e princípios. Essa tensão tem contribuído para gerar nos educadores sociais uma série de incertezas que contribuem para que se instale uma crise sobre o sentido de seu papel formativo. Neste estudo a ideia principal é analisar os processos de autoformação desses educadores, procurando apreender desde a perspectiva foucaultiana da ética do cuidado, o modo como eles têm lidado com seu próprio processo formativo num contexto regressivo ao exercício ético-político da liberdade. Propomos aproximar o conceito de educação não formal com os processos de formação humana. Os problemas vivenciados pelos educadores nos movimentos sociais podem funcionar como situações limite, fornecendo visibilidade às crises existenciais.
Palavras-chave: educação não formal, formação humana, movimentos sociais.
INTRODUÇÃO
Nas ultimas décadas, a educação tem sido pautada pela necessidade de qualificação para a produtividade social, produzindo um estreitamento das suas finalidades formativas (FLICKINGER, 2009). Situação que também parece atingir os processos educativos não formais. Por essa razão, privilegiamos nesta investigação a
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