Suicídio e sua prevenção
Capítulo 1 – O que é suicídio
O suicídio segundo a OMS é um ato deliberado, intencional, de causar a morte a si mesmo, ou seja, um ato iniciado e executado deliberadamente por uma pessoa que tem a clara noção de que dele pode resultar a morte, e cujo desfecho fatal é esperado. Na visão fenomenológica consiste em um processo que se inicia com a ideação suicida, que são ideias sobre a morte e o morrer, e que se estas adquirirem consistência podem evoluir para um plano suicida e culminar num ato suicida, que pode ser tanto a tentativa de suicídio ou o suicídio em si. É um processo que tem a interação de vários fatores, tanto genéticos, socioculturais, traços de personalidade, experiências de vida (traumáticas ou gratificantes) e história psiquiátrica.
Dentro do âmbito do suicídio pode haver a tentativa de suicídio que é um ato auto agressivo com a intenção de pôr fim à vida, cujo desfecho não é fatal. Essa sempre deve ser levada a sério. Alguns autores chamam essa tentativa de auto agressão.
Capítulo 2 – Breve história do suicídio O suicídio é conhecido há muito tempo e é existente em todo o mundo. Na literatura antiga ora é visto como um ato heroico, ora como um ato de desespero. O médico que criou em 1643 a palavra suicídio foi Thomas Browne, ele distinguia duas formas de suicídio: uma delas heroica e outra patológica. Ao longo do tempo começou haver conexões entre suicídio e certos transtornos mentais, como a melancolia e a insanidade, termos usados na época. Dentre os autores que falaram sobre o suicídio, os principais são: Philippe Pinel que em 1801 afirmou que havia ligação entre a lesão de alguns órgãos que podiam causar a sensação dolorosa de existir, e o suicídio; Sigmund Freud que no final do século XIX escreveu que o suicídio é entendido como resultado do predomínio do impulso de morte sobre o impulso vital, considera-o também como uma autopunição pelo desejo de matar dirigido primariamente a outrem. E também