Suicídio no Japão X Suicídio no Ocidente
O Japão possui uma das maiores taxas de suicídio do mundo desenvolvido, são cerca de 24.000 suicídios por cada 100.000 habitantes. Esse problema social vem preocupando as autoridades e o governo que vêm adotando medidas preventivas contra o suicídio. O suicídio é um ato presente no cotidiano japonês desde muitos anos. Na era Showa, que foi do ano 1926 ate 1989, o país chegou a alcançar o primeiro lugar no ranking de suicídios, ficando conhecido mais tarde como “Jisatsu Ookoku” ou “Reino dos Suicídios”. No Japão, o ato de suicídio já foi glorificado e considerado honra. Os samurais praticavam o Harakiri, em que, em determinadas ocasiões, eles cortavam o ventre com a espada, para não serem pegos pelo inimigo, ou até mesmo como forma de punição por algum ato indigno de sua família. Na Segunda Guerra Mundial, o ato dos Kamikazes, de se tornar uma “bala humana” para atingir e devastar os inimigos, foi idealizado pela nação japonesa e tomado como um ato heroico, incentivando muitos homens a provarem a sua “macheza” dessa forma. O suicídio também é tema bastante recorrente nas peças Kabuki, que é uma forma de teatro japonês, conhecida principalmente pela estilização do drama e a elaborada maquiagem feita nos seus artistas. Com isso, o suicídio foi implantado nos padrões comportamentais japoneses, tornando o ato mais fácil de ser praticado. Contudo, o pensamento dos japoneses vem mudando aos poucos. Alguns já não veem o suicídio como um ato honrado, mas sim um problema social. O maior problema atualmente é que o país possui uma concorrência acirrada, onde a população não perdoa a falha e a cobrança e muito alta, desde entrar em uma boa escola ou faculdade conceituada, até em trabalhar em uma grande empresa, para garantir o sustento da família. Quando esses objetivos não são alcançados, a única solução, que muitos encontram, é se matar. Eles preferem morrer, a viver uma vida em que suas metas não foram