sudene
O processo de industrialização no Centro-Sul do Brasil aumentava a diferença do ritmo de desenvolvimento mais lento do Nordeste. Para promover e coordenar o desenvolvimento da região, o governo (de Jucelino Kubicheck) cria a SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) em dezembro de 1959, com sede em Recife.
A forte seca de 1958 – responsável pelo aumentou do desemprego rural e do êxodo da população para outras regiões – acelerou a criação da autarquia ligada diretamente à Presidência da República. Em 1964 sofreu perda de autonomia e de orçamento ao ser incorporada pelo Ministério do Interior. Foi fechada em 2001, em meio a denúncias de corrupção, e substituída pela Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene). A SUDENE é recriada em 2007 com atuação nos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e alguns municípios de Minas Gerais.
Indústria da Seca
A vida no Nordeste tem poucas esperanças, a seca na região deixa sem água, sem comida, mais da metade das cidades, prejudicando quase nove milhões de pessoas.
“Indústria da seca” é um termo utilizado para designar a estratégia de alguns políticos que aproveitam a tragédia da seca na região nordeste do Brasil para ganho próprio. O termo começou a ser usado na década de 60 por Antônio Callado que já denunciava no Correio da Manhã os problemas da região do semiárido brasileiro.
Os “industriais da seca” se utilizam da calamidade para conseguir mais verbas, incentivos fiscais, concessões de crédito e perdão de dívidas valendo-se da propaganda de que o povo está morrendo de fome. Enquanto isso, o pouco dos recursos que realmente são empregados na construção de açudes e projetos de irrigação, torna-se inútil quando estes são construídos em propriedades privadas de grandes latifundiários que os usam para fortalecer seu poder ou então, quando por falta de planejamento adequado, se tornam imensas obras ineficazes.
A questão