Sucos
A demanda mundial de sucos de frutas e o impacto na laranja brasileira
O mercado de sucos passa por um período de mudanças, o que demanda uma necessária reflexão. Esta é a principal mensagem das discussões realizadas numa das mais importantes conferências que discute as tendências deste mercado, a World Juice, realizada em outubro de 2009 na Europa, com a presença de mais de 250 especialistas de diversas empresas. Este artigo visa a compartilhar as informações lá distribuídas, com uma visão analítica e possíveis impactos destas notícias num dos setores mais importantes e dinâmicos do nosso agronegócio, a citricultura. A análise é apresentada pelos principais mercados de sucos no mundo. Os dados são de empresas privadas, institutos de pesquisa e outras fontes, divulgadas e debatidas no evento.
Em geral, os mercados de sucos enfrentaram a crise de 2008 e 2009 com mudanças interessantes. Uma delas foi que as marcas próprias do varejo e as marcas de desconto ganharam participação. Em 200 países auditados por um dos institutos que apresentaram dados no evento, representando 6,6 bilhões de pessoas, em média a população cresceu 1,2%, e o consumo de bebidas comerciais cresceu 3,3% ao ano, nos últimos 5 anos. Portanto, nestes 5 anos criou-se um mercado de 259 bilhões de litros, fazendo com que o mercado total de bebidas atingisse 1,6 bilhão de litros, 240 litros por habitante por ano (27 litros a mais que em 2003). Águas engarrafadas cresceram quase 7% ao ano, chás cresceram 10% ao ano, bebidas energéticas cresceram 19% ao ano. Néctares de frutas cresceram quase 7% ao ano e sucos não cresceram nada em 5 anos, foi a bebida com o pior desempenho, em 10 tipos. Ou seja, sucos perderam participação no mercado global. Vale dizer que, do total, refrigerantes ainda representam 26%.
Nos Estados Unidos o