Subsídios agricolas
O subsídio agrícola é o valor pago ao produtor por unidade produzida ou exportada, no geral via departamentos governamentais ou associações de comércio, através de financiamentos com juros abaixo do mercado, isenção de impostos e outras políticas. Na prática, barateia a produção, tornando este produtor mais competitivo.
O subsídio agrícola é ponto de divergência no comércio mundial. Há muito tempo, os países-membros da Organização Mundial de Comércio tentam um acordo sobre as regras de comércio e esbarram justamente nesta questão.
Atualmente, os produtores de países desenvolvidos são os que mais se beneficiam com os subsídios. Produzem para o mercado local com incentivo financeiro, o que compromete a competitividade do produto importado, principalmente daquele oriundo de um país em desenvolvimento.
No caso da exportação dos produtos subsidiados para países em desenvolvimento, estes chegam ao mercado consumidor a preços mais baixos, com os quais os produtores locais encontram dificuldades em competir.
Nações emergentes, que competem no mercado internacional principalmente através da agricultura, exigem o fim dos subsídios governamentais que os EUA, Japão e Europa dão aos seus agricultores e pecuaristas, por tornar a competição comercial injusta.
Do outro lado, países desenvolvidos querem maior acesso aos mercados de bens e serviços dos países emergentes através da diminuição das taxas de importação cobradas sobre os seus produtos industrializados.
O relatório de junho de 2011 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico sobre subsídios agrícolas revela que eles representam 17% da produção agrícola na China, 15% na Índia e 22% na Rússia. Nos países desenvolvidos, o apoio aos agricultores está em 18% da produção. No Brasil, os subsídios são de 5% da produção.
Diante dos impasses nas resoluções das questões comerciais, alguns dos principais emergentes estão tomando as providências que julgam cabíveis ao