Stonewall
Resgatar a história para lutar por um futuro sem homofobia!
O passado No dia 28 de junho de 1969, cansados da repressão protagonizada pela polícia do estado de Nova Iorque, gays, lésbicas, travestis e todos aqueles que freqüentavam um bar chamado Stonewall Inn resolveram não mais se calar diante de tanta violência e iniciaram uma grande rebelião. Eles enfrentaram a polícia com pedras e garrafas como armas de defesa do movimento, tomaram as ruas e prolongaram o embate físico por quatro dias de intensas batalhas, armando barricadas e resistindo à violência do Estado. Um ano depois, mais de 10 mil homossexuais marcharam pela cidade comemorando o primeiro aniversário da rebelião de Stonewall e reafirmando sua capacidade de organização e de vontade para lutar por seus direitos. A partir de então, o dia 28 de junho passou a ser o dia do Orgulho Gay e o exemplo foi seguido em diversos países. Nesse dia, os homossexuais afirmam sua história de resistência e combate à homofobia. O presente Com o passar dos anos, vimos esse movimento se expandir, conquistarem direitos e barrar leis como as que tentavam demitir professores homossexuais. No entanto, também vimos esse movimento perder força, perder seu caráter combativo e se transformar nas atuais paradas gays, carnavalizadas pela indústria pink que, juntamente com o governo, promove marcas e boates e avança no processo de institucionalização e mercantilização dos direitos homossexuais, apagando o caráter combativo de Stonewall. Neste ano, a parada gay de São Paulo foi acompanhada por um triste episódio de homofobia: uma bomba feriu pelo menos 30 pessoas ao final do evento! Não obstante esse
ataque brutal, o homossexual Marcelo Campos foi espancado e morreu, poucos dias depois, no hospital. É impossível aceitar que atitudes tão bizarras pudessem encontrar espaço para ocorrer ou permanecer sem resposta. Isso é fascismo! Essa mesma parada, a maior do mundo, foi praticamente