Steve Jobs
Aluna: Anelise Vieira Carneiro Orientador: Angela da Rocha Participante externo: Henrique Pacheco
Introdução
Este estudo se insere em um projeto mais amplo de pesquisa cujo propósito é o entendimento da forma pela qual se dá o processo de internacionalização das empresas brasileiras, comparativamente ao de empresas de outros países emergentes. Esta questão tem sido objeto de grande interesse recente no meio acadêmico, exatamente em função de se tratar de um novo fenômeno (Ramamurti e Singh, 2009). A relevância da proposta pode ser mais bem apreciada quando se consideram os recentes esforços do governo brasileiro na promoção da internacionalização de empresas brasileiras, tanto pela via da exportação como pela dos investimentos diretos no exterior.
A participação do Brasil no comércio internacional, durante décadas, girou em torno de 0,8% a 1%. Embora o Brasil seja um tradicional exportador de commodities, apenas na última década vem-se assistindo à expansão das exportações brasileiras.
Também no que se refere ao investimento direto no exterior, as empresas brasileiras avançaram tardiamente para a internacionalização, não só quando comparadas às dos países desenvolvidos, como às de outros países emergentes (ROCHA, 2002; ROCHA E SILVA, 2009). No entanto, o avanço recente é significativo, com centenas de empresas (as estimativas variam entre 300 e 800 empresas) já dispondo de algum tipo de instalação, comercial, de montagem ou de produção no exterior. Esta expansão internacional foi em parte propiciada pelas condições macroeconômicas vigentes no país, entre as quais a estabilização econômica, a abertura do mercado brasileiro à concorrência estrangeira e a recente sobrevalorização da moeda, que torna mais “baratos” os investimentos no exterior. No entanto, a característica principal desses investimentos é sua natureza de busca de mercado, ou “market seeking” (DUNNING, HOESEL E