Steel frame
Mesmo com os exemplos cabais de construção a seco encontrados em diversos países, e mais notadamente naqueles onde as intempéries forçaram grandes investimentos e o uso da alta tecnologia para salvar vidas mediante terremotos- hoje disponível na construção civil - no Brasil, muitos profissionais das áreas de arquitetura e engenharia caminham na contramão dessa realidade e, por desconhecimento, desqualificam sistemas como o light steel framing, cuja denominação é comumente chamada de steel frame ou construção a seco. Ainda são muitos os preconceitos e equívocos frente a essa alternativa construtiva que é realidade há muito tempo no Canadá, Estados Unidos e Austrália, e começa a trilhar o caminho da maturidade no país com o crescimento do número de obras industriais e residenciais.
Os sistemas construtivos precisam ser tratados com celeridade, especialmente num momento em que o planeta se assusta com os fenômenos climáticos e com as respostas que têm sido dadas pela natureza ao aquecimento global. Não há mais como negar os apelos por uma atitude em defesa da preservação ambiental abraçados e divulgados por entidades e grandes pensadores, 20, 30 anos atrás. O Haiti, um país mutilado pela força de um terremoto, apresenta números que não deixam dúvidas: mais de um milhão de pessoas estão desabrigadas, e o número de mortos, ainda não fechado até hoje, dois meses depois do fenômeno, pode atingir a casa dos 100 mil.
No Brasil, em menor proporção, mas nem por isso menos importante, as enchentes forçam mudanças de comportamentos, tanto dos organismos públicos - governos estaduais, municipais e federal - como de cada um de seus habitantes, mas é preciso incluir neste rol, com destaque especial, os profissionais de arquitetura e engenharia. As mortes estampadas nos noticiários têm duas causas primordiais: as chuvas em excesso, os ventos, enfim, fizeram vítimas fatais que morreram afogadas, por conta do transbordamento de rios e