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Brasil. Continua a dialogar fortemente com sua crítica precedente à tradição sociológica brasileira que vinculou o “iberismo” a uma comparação descabida envolvendo Brasil e
Estados Unidos, além de tratar de uma gama de questões intimamente articuladas proveniente deste mesmo ideal. (BRAGA, 2004).
Neste livro torna-se mais contundente a teoria de Souza (2003), para definir a constituição da modernidade periférica e talvez sua explicação mais plausível seja a seguinte: “Uma especificidade importante da modernidade periférica – da nova
‘periferia’ – parece precisamente o fato de que, nestas sociedades as ‘práticas’ modernas são anteriores às idéias ‘modernas’”. (SOUZA, 2003). O Brasil moderniza-se de “fora para dentro”; não é a atitude, nem o comportamento dos brasileiros que conduzem ao processo de modernização do país, mas sim, a adoção de práticas européias burguesas em substituição ao estilo patriarcal português. Estas práticas, como já foi dito anteriormente, invadem o Brasil no século XIX e são a gênese da desigualdade do país.
Diferente do que defendiam alguns teóricos clássicos criticados por Jessé Souza, a desigualdade social brasileira não deriva diretamente do processo de colonização, mas desta modernização periférica, por si só desigual, que seleciona seus indivíduos: [...] nossa desigualdade e sua naturalização na vida cotidiana é moderna, posto que vinculada à eficácia de valores e instituições modernas com base em sua bem-sucedida importação ‘de fora para dentro’. Assim, ao contrário de ser personalista, ela retira sua eficácia da ‘impessoalidade’ típica dos valores e
instituições