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SOBRE OS PRECONCEITOS

Ludimila de Lima Borges Caixeta

Uberlândia
2012
HELLERT, Agnes. Sobre o preconceito. IN: O Cotidiano e a História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. p.43-63.

Resumo:

SOBRE O PRECONCEITO

A autora do texto Agnes Hellert (1992) parte da análise do preconceito a partir da cotidianidade considerando-o como uma unidade entre pensamento e comportamento.
Um termo marcante no texto e característico da unidade do pensamento e do comportamento cotidiano é a ultrageneralização que pode ser proveniente da nossa apropriação de estereótipos elaborados ou nos serem introduzidos pelo meio em que vivemos. HELLERT afirma também que dependendo da sociedade e dos indivíduos os estereótipos introduzidos podem demorar muito tempo para se desconstruírem e serem problematizados ou em serem mais rápidos em sociedades dinâmicas, porém essas reconstruções podem ser feitas a partir de outras ultrageneralizações semelhantes.
Devido à heterogeneidade das coisas que realizamos em pouco espaço de tempo a ultrageneralização sempre acontece, pois, não temos tempo suficiente para termos atitudes baseada apenas na ciência.
HELLERT nos diz que tanto na ciência como no juízo e comportamento cotidiano existe um caráter provisório, sendo esse caráter no juízo cotidiano proveniente de uma formulação de pensamento antes de uma atividade sendo que nem sempre se comprova na prática, se alterado diante das atividades sociais e individuais, onde a maior parte dos juízos provisórios não pode ser visto como preconceito, pois é uma prática particular. Já na ciência o caráter provisório se extingue com a comprovação da hipótese através da prática.
O pragmatismo corresponde a uma das características cotidianas, havendo então uma unidade entre pensamento e comportamento, onde estes não podem ser associados à teoria e práxis, pois mesmo podendo colaborar com estes não constroem identidade em si, pois não são elaborados conscientemente.