SPED: informação com tecnologia A perfeita sincronia entre a experiência profissional dos recursos da empresa e a aplicação da ferramenta de tecnologia adequada é o único caminho para o cumprimento da obrigação | | | | 25/03/2013 - Marcio Gomes*Com o passar dos anos, estamos ficando cada vez mais acostumados com as inovações do projeto SPED (Sistema Público de Escrituração Digital). Se, por um lado, ainda há muita novidade a caminho, por outro há um longo percurso até alcançar a estabilização das etapas já implantadas nas organizações – fundamental para que alguns pontos sejam colocados em ordem. Frases como “A partir de agora tudo mudou”, “Todos terão de reaprender a trabalhar”, ou ainda “Os antigos contabilistas e tributaristas estão ultrapassados” são repetidas a esmo, como se todo conhecimento apreendido em anos e anos de trabalho não servisse para mais nada, sendo necessário reaprender tudo em novas bases para enfrentar um novo cenário e um novo mercado de trabalho.É sabido que toda grande mudança implica num período de insegurança – e o projeto SPED é uma mudança impactante na relação fisco/contribuinte. Mas é justamente nesses momentos que o conhecimento acumulado, a experiência profissional e a qualidade na interpretação adquirida com muita vivência fazem toda a diferença. A bem dizer, a interpretação dos fatos contábeis e fiscais não mudou radicalmente. Ou seja, o conhecimento adquirido à custa de alguns cabelos brancos não se tornou descartável. Ao contrário: é a base sobre a qual é possível fazer a “revolução digital” das obrigações acessórias.O que mudou e ainda vem mudando muito é a exposição da empresa. Os projetos de implantação de soluções digitais tiveram como condutores, durante a primeira fase, profissionais da área de tecnologia. O objetivo era validar e enviar as informações, cumprir prazos, e armazenar os protocolos de envio. Naquele momento não se questionava a fidelidade nem a veracidade das informações. Mas esse tempo passou.