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As funções executivas são, a grosso modo, aquelas que possibilitam o sujeito planejar as ações. Isso significa dizer que trabalhando de forma integrada conferem à pessoa a capacidade de realizar comportamentos orientados a objetivos, isto é, o que permite a ocorrência de ações voluntárias, planejadas e que visam um objetivo específico (Malloy-Diniz et al., 2008). Segundo Barkley (2001), as funções executivas, tais como são observadas hoje, desempenham importância adaptativa e seriam mais uma resposta evolutiva às condições impostas pelo ambiente. Esta perspectiva defende a idéia de que foi crucial para a sobrevivência da espécie o desenvolvimento de características como, por exemplo, as complexas formas de comunicação intra e extra grupo, habilidades com ferramentas, elaboração de planos de ação e a capacidade de uma pessoa aprender apenas pela observação das ações de outra, o que a Psicologia Cognitiva chama de Aprendizagem Vicária. De maneira breve, pode-se dizer que as funções executivas são aquelas voltadas para o gerenciamento do comportamento humano, das quais se destacam: a capacidade de planejamento, controle inibitório, tomada de decisão, memória de trabalho, atenção, categorização e fluência (Malloy-Diniz, 2008). A partir dessa exposição, é pertinente que se discuta algumas conceituações.
Memória de Trabalho A memória é uma função mental que está ligada à capacidade de reter e armazenar informações. Ela é composta por diferentes mecanismos de atuação e pode ser classificada, basicamente, em três tipos: memória sensorial, memória de curto prazo e de longo prazo. A memória sensorial armazena a informação por centenas de milissegundos. A memória de curto prazo é capaz de armazenar informações por segundos ou alguns minutos. E, finalmente, a memória de longo prazo a qual pode reter a informação por dias, meses, anos ou, até mesmo, pela vida toda (Baddeley, Anderson e Eysenck, 2011, pág. 19-23). Depois de passar por