Sou o que se define atras de novas aventuras
Acleylton Costa do Carmo1
RESUMO
O presente trabalho é resultado de uma pesquisa realizada em uma instituição educacional com ensino fundamental de 1a a 4a série, tendo como interesse a prática da interdisciplinaridade, uma reflexão em conjunto com os educadores, integrando os saberes para conhecer melhor nossas dificuldades (fragmentação) e nossas potencialidades (partilha dos saberes), a fim de dar um novo significado (ressignificar) e fazer uma educação mais participativa em nível de educandos/educadores e conteúdos. A concepção do fenômeno da aparência como manifestação da essência é ponto pacífico na construção de uma antropologia holística, que concebe o homem-pessoa dotado de uma dignidade ôntica capaz de preencher o vazio axiológico deixado pelo niilismo. PALAVRAS-CHAVE: subjetividade, aparência, essência, modernidade, fracasso humano.
INTRODUÇÃO
O século passado foi profundamente marcado pelo fenômeno da aparência que gerou um senso coletivo, uma imagem artificial da sociedade. Entrementes, esse espectro fomentou uma visão pragmática e utilitarista da realidade. A humanidade tem manifestado uma sintomatologia superficial que tange seu ethos e fere sua dignidade ontológica. Perpassam-se os umbrais do século XX, com efeito, a humanidade já vislumbra, ainda que, sob o véu da aparência, os grandes desafios que a espera neste novo tempo que se inicia: a ecologia, o diálogo, a paz, os conflitos sociais, a necessidade de respeitar as exigências fundamentais da ética no campo da biotecnologia. Não obstante, a meteórica chuva de símbolos produzidos pela indústria cultural, a fábrica do lazer, fomenta o sentimento hedonista presente nas estruturas do sujeito. Impelido por essa moção sensitiva e pragmática, que entorpece o bom senso, o sujeito se vê incapaz de discernir entre a essencial necessidade existencial da que é mera aparência. O consumo exacerbado afaga, temporariamente, o desejo