Sonhos
Sigmund Freud nasceu em Freiberg e foi um médico neurologista judeu-austríaco, fundador da psicanálise. Freud foi reconhecido desde cedo como um aluno com capacidades intlectuais, o que levou a que a família tentasse ao máximo apoiá-lo nos estudos. Formou-se em Medicina, na Universidade de Viena (1881) e realizou trabalhos experimentais a nível da biologia e da filosofia. Leccionou durante alguns anos uma disciplina que abordava as perturbações do sistema nervoso, mas por razões de ordem social e económica, passou a exercer numa clinica privada como neurologista. Iniciou os seus estudos com a utilização da hipnose como método de tratamento para pacientes com histeria. Ao observar a melhoria de pacientes de Charcot (professor com quem estudou em Paris, durante cerca de um ano), elaborou a hipótese de que a causa da doença seria psicológica e não orgânica. Essa hipótese levou-o a considerar a existência do inconsciente, isto é, de uma instância do psiquismo que se desconhece. O inconsciente é uma zona do psiquismo muito maior em comparação com o consciente e exerce uma forte influência no nosso comportamento. É, para Freud, uma zona do psiquismo constituída por desejos, pulsões, tendências e recordações recalcadas, um receptáculo de lembranças traumáticas reprimidas e um reservatório de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo. Freud acreditava que a personalidade se forma nos primeiros anos de vida, quando as crianças lidam com os conflitos entre os impulsos biológicos inatos, ligados às pulsões e as exigências da sociedade. Assim, desde a nossa infância que armazenamos no nosso inconsciente desejos e impulsos recalcados, que mais tarde se podem vir a reflectir na forma de perturbações psicológicas.
Inicialmente, Freud utilizou a hipnose como método para aceder ao inconsciente, mas rapidamente a abandonou por muitos motivos, podendo destacar se