Sonhos de Uma Noite de Ver o
William Shakespeare
Adaptação: Antônio Carlos Olivieri
Edu Otsuka
Readaptação: Caio Benevenuto
Cena I – (Palácio de mármore de Teseu iluminado com a luz do luar que entra pelas janelas. Teseu e sua amada observam em silêncio a luz do luar com expressão melancólica)
Narrador: - Teseu, o duque de Atenas, comtemplava junto à sua amada a luz do luar que ilumina seu portentoso palácio.
Teseu: - Como o tempo demora a passar para quem ama! - exclama, após suspiro.
Hipólita: - Nem me diga, meu amor. - sussurrou, comovida, suspirando também.
Teseu: - Filóstrato, venha cá!
Teseu: - Tudo deve estar perfeito! Queremos muita festa e todos os tipos de divertimentos e prazeres para todos os habitantes de Atenas. Todos, sem nenhum tipo de distinção: homens e mulheres, crianças e velhos, ricos e pobres, naturais e estrangeiros. Queremos que todos os atenienses compartilhem nossa felicidade. (Ao terminar a fala, Teseu percebe um burburinho na porta de seu palácio e vai em direção à porta para abri-la e ver o que está acontecendo. Teseu abre a porta e encontra Egeu, sua filha, Lisandro e Demétrio).
Teseu: - O que está acontecendo aqui? - diz com raiva ao ver aquelas pessoas em sua porta.
Egeu: - Demétrio pediu-me a mão de minha filha, o que eu lhe consenti com muita honra e prazer. Ela, contudo, está perdidamente apaixonada por Lisandro, este danado que roubou seu coração. - explica calmamente.
Teseu: - Roubou seu coração? Como?
Egeu: - Utilizando-se dos métodos mais tolos e infantis. Escrevendo bilhetinhos, entregando presentinhos, anéis, flores, docinhos, fazendo serenatas ao luar. Agora, iludida e enfeitiçada, a pobrezinha já não aceita se casar com o bom Demétrio e está mesmo disposta a se trancar no templo de Diana. - diz o velho nervoso.
Egeu: - Oh, senhor duque, justo e amado governante. Venho pedir-lhe que a explique as leis de nossa cidade e a convença a não cometer loucuras... - suplica o velho pai.
Teseu: - Se não obedecer à vontade de seu