sondagem a percussao
Ensaios realizados no terreno permitem avaliar a resistência do solo e ajudam na escolha do tipo de fundação da obra
Reportagem: Jamila Venturini
Antes de se decidir o tipo de fundação que deve ser feita em um terreno, é fundamental conhecer o solo existente no local e suas principais características, como resistência e nível do lençol freático. Entre os procedimentos que podem oferecer essas informações, um deles é a sondagem à percussão ou SPT (sigla, em inglês, que significa Teste de Penetração Padrão).
O ensaio de SPT consiste da cravação de um amostrador, que perfura a terra e coleta amostras do material. Isso ocorre pelo impacto de um martelo com peso padronizado de 65 kg abandonado a uma altura, também padronizada, de 75 cm acima da cabeça do amostrador. São dados vários golpes, até que o amostrador penetre 45 cm no solo. O índice de resistência à penetração, chamado SPT ou NSPT, corresponde ao número de golpes necessário para cravar o amostrador nos 30 cm finais. O procedimento é repetido em camadas cada vez mais profundas, a cada 1 m de profundidade.
Além do acompanhamento dos golpes, a cada metro procede-se à retirada de uma amostra do solo para uma análise tátil e visual em laboratório, que irá determinar a classificação do solo naquele ponto. Esses dados são utilizados pelo engenheiro para fazer cálculos que o ajudarão a definir o tipo de fundação mais adequado para a construção, sua profundidade, dimensões, etc.
A execução da sondagem à percussão é feita por uma equipe de cerca de três pessoas. Uma delas é responsável por retirar, identificar e armazenar adequadamente as amostras e por fazer um boletim de campo. Este boletim deve conter o NSPT de cada camada de solo e uma pré-classificação do solo de acordo com suas impressões em campo.
A produtividade deste tipo de trabalho é de, em média, 25 m sondados por dia por equipe, mas pode variar muito dependendo das condições do terreno. A profundidade de cada