Solos da cidade de santos
Para saber a resistência do solo é feito um relatório de sondagem. Retira-se uma amostra de cada camada, que é levada para um laboratório, onde se detecta o tipo de fundação a ser feita. Há dois tipos de fundações: rasa (em que se utilizam sapatas), quando se tem um solo que suporta a carga dos pilares, e profunda (onde geralmente se utilizam estacas) quando o solo é menos resistente.
O custo de uma fundação profunda é três vezes maior do que o de uma rasa, mas às vezes esse recurso é inevitável. É em função disso que muitos economizam quando não devem e esse é um dos motivos que faz com que os prédios da orla da praia sofram as inclinações com o passar dos anos. Em alguns pontos da Cidade, o terreno argiloso é o responsável pelos recalques dos prédios mais antigos, que não foram construídos sobre fundações profundas. Na verdade, o processo de estaqueamento de vigas de concreto, até atingir a camada fragmentada do solo (cerca de 60 metros abaixo), sempre recebeu resistência por parte da maioria dos construtores santistas.
Para economizar menos de 10% do custo total da obra, eles preferiram utilizar o processo de fundação direta, que prevê a colocação de camadas de concreto sobre a faixa de areia (sapatas).
Especialistas em fundações explicam que, mesmo sem sofrer rupturas, a primeira camada de areia comprime a argila marinha, provocando a inclinação das estruturas. O maior problema, então, não é o afundamento do prédio em alguns milímetros, mas o recalque diferencial, causado pela concentração de cargas em um dos pontos do edifício.
Quando um prédio é construído fora dos padrões exigidos, e