Soldagem Subaquática
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HOJE EM DIA / UFMG
MINAS x CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Pesquisa desenvolvida pela UFMG promete mais segurança para processos de soldagem subaquática
Técnica inova soldagem subaquática
Em 1999, começou a ser estudado na Universidade
Federal de Minas Gerais
(UFMG) um processo de união de materiais embaixo d´água produzida por aquecimento até uma temperatura adequada, com ou sem a utilização de pressão ou de material de adição. Esse processo, então pouco conhecido e complicado, hoje é considerado simples pelos pesquisadores. Trata-se da soldagem subaquática. A soldagem subaquática é realizada manualmente por um soldador. As soldas são usadas para reparar navios e plataformas e em tubulações que conduzem petróleo e gás do poço de exploração - que fica no fundo do oceano - até a plataforma. Em água doce, a soldagem subaquática é utilizada na recuperação das peças de barragens de hidrelétricas.
A soldagem é uma área do conhecimento de grande importância tecnológica e econômica. Por esse motivo, novos processos de soldagem, novos conceitos de metalurgia da soldagem e
novos conceitos de física da soldagem têm surgido. "Nunca tínhamos visto uma experiência em soldagem subaquática, nem conhecíamos ninguém que tivesse visto aqui no Brasil", comenta o professor Alexandre Bracarense, coordenador do Laboratório de Robótica, Soldagem e Simulação, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFMG.
A curiosidade do pesquisador deu origem ao desenvolvimento de uma tecnologia, que, 7 anos depois, representa um grande avanço em precisão e eficiência com relação aos processos utilizados atualmente em soldas subaquáticas. Isso só foi possível devido a um convênio entre a UFMG e a Colorado
School of Mines, dos Estados
Unidos, com apoio do Instituto
Mexicano de Petróleo, do
CNPq e do Minerals Management Service, similar norteamericano do Ministério de
Minas e Energia.