Sociólogo

A ARTE REFINADA DE DETECTAR MENTIRAS
Carl Sagan

Erikson Lima
5º período de Ciências Sociais

“A compreensão humana não é um exame desinteressado, mas recebe infusões da vontade e dos afetos;” Francis Bacon.
Partindo de uma citação mais completa, Carl Sagan estabelece uma pequena linearidade para desembocarmos em uma ciência apta á detectar mentiras impostas pelas vontades, afetos e interesses humanos.
Num relato simplório, porém bem emocionante, ele parte de sí– de fatos que referenciam sua vida- para nos alertar de como nossas vontades e interesses – numa mesma equivalência linguística- tomam partido das situações e criam abismos confortáveis á nossa concepção de mundo. Neste momento, ele faz uma crítica audaz ao Espiritismo e seu movimento de vontade. À crítica remete ás fraudes subversivas que o homem impõe aos fatores sociais através da pertinência dos afetos humanos, claro que, de maneira bem cautelosa, ele não faz uma crítica as crenças, mas sim o que essas crenças produzem na maior parte das vezes: mentiras.
Ao decorrer de sua argumentação, ele explora como a sociedade norte-americana subtrai as verdades a troco de suas concepções dominantes e até alienatórias, ao ponto de produzir incoerências que o mínimo de reflexão podem superar.
“O fundamento da moralidade é [...] renunciar a fingir que se acredita naquilo que não comporta evidências, e a repetir proposições ininteligíveis sobre coisas que estão além das possibilidades do conhecimento.” T. H. Huxley Carl Sagan a priori nos apresenta um “kit” na qual aquele que produz uma ciência verdadeira poderá questionar os momentos incoerentes pela vontade maior e pela eficácia dos afetos, e através deste kit elucidar as ‘verdades’ á ponto de constituir uma ciência que supere o senso comum e seu núcleo negativo de vontade e afeto aos dogmas da vida. Esse Kit nada mais é do que questões levantadas a priori do movimento de elucidação da verdade, questões como : “Se há uma cadeia de argumentos, todos os