Sociologia
Formação da sociedade brasileira para:
· Sérgio Buarque de Holanda Em “Raízes do Brasil”, ficam claras as influências que Sérgio Buarque de Holanda recebera do historicismo alemão e das obras de Weber e de Ranke. O seu pensamento se aproxima ao de Ranke em um sentido muito claro: o da busca pela essência da nação, do espírito do brasileiro e da identidade nacional. Ele quer identificar a cultura nacional, traçar o seu perfil, sua origem, desenvolver a sua história, encontrar as raízes culturais e, uma vez que devidamente analisadas, estar apto a romper com essa história, arrancar essas raízes e seguir rumo ao “progresso”.
O autor defende que para se pensar o Brasil não basta apenas teorias importadas baseadas em leis históricas. Para ele, os intelectuais devem buscar a singularidade do caráter brasileiro para entender seus fenômenos sociais. Esse passado a ser superado do qual o autor fala e que repetimos e ainda repetiremos diversas vezes no decorrer de nossa análise é sempre associado às origens coloniais, as ações dos portugueses no Brasil.
Ainda sobre esse assunto, o autor explica que os valores tradicionais e familiares predominam sobre o âmbito da política. O privado invade o público e esse tipo de relação se caracterizaria até diante da religião. Sergio Buarque de Holanda considera isso como o que há de pior na formação da sociedade brasileira, pois torna-se impossível qualquer tipo de organização racional política do Estado. Visão contrária tem Gilberto Freyre, que defende que tal aspecto é o que há de mais belo na sociedade brasileira, as relações íntimas, passionais, afetivas. Essa seria então a herança cultural deixada pelos portugueses.
Ele crítica o desleixo do português, sua preguiça, aponta a tradição da nobreza e da religião católica, fala da visão do trabalho de forma pejorativa, como determinantes da falta de coesão social e de organização política do Brasil.
Outro