“EX MY LOVE”, O QUE ISSO TEM A VER COM ADMINISTRAÇÃO? A administração, certamente, é uma área privilegiada pela facilidade de atingir todas as organizações, independente de sua natureza ou de sua dimensão. Mas o ato de administrar nem sempre se dá dentro de uma organização, segue a formalidade metodológica ou se estrutura conforme a teoria tradicional prevê. E foi justamente pesquisando sobre o assunto que descobrimos a relação entre a música tecnobrega no estado do Pará com a administração. Um dos maiores sucessos de 2012 foi o hit “Ex my Love” da cantora Gaby Amarantos. Esta música foi tema de abertura da novela “Cheias de charme”, na rede Globo, que contribui para alavancar sua carreira a nível nacional. Mas a artista não surgiu ontem, ao contrário, já havia trilhado sua carreira há muito tempo. Ela faz parte de um movimento que está ensinando a indústria fonográfica a se reinventar com o seu nada tradicional modelo de negócios. Os artistas do tecnobrega vendo que não poderiam competir com a pirataria, resolveram se unir a este mercado informal divulgando seu trabalho de forma rápida e eficaz. De que forma? Utilizando uma dinâmica bem simples: os músicos gravam um álbum em um estúdio qualquer e entregam a matriz aos camelôs, que produzem e vendem em massa, tornando as músicas conhecidas. O publico gosta e vai ouvir ao vivo nas festas de tecnobrega, chamadas de aparelhagem, é ai que esta o grande segredo. Essa relação com os piratas é característica de Belém. Praticamente todos os artistas fazem questão de que suas músicas sejam pirateadas. É uma relação considerada natural, não há questionamentos sobre legalidade. O sujeito faz uma música, espalha na internet para os outros DJs e donos de aparelhagem, e depois traz uma cópia para os camelôs piratearem. É importante ressaltar que eles não lucram pela venda dos CDs, mas sim, pelos shows. São vendidos, por mês, aproximadamente 200 mil CDs “informais’. Isso dá aos camelôs um faturamento médio de R$ 2