Sociologia
As práticas discriminatórias nem sempre se manifestam de forma clara e direta, mas sutil e indireta, quando, sob a aparência de neutralidade, nada mais fazem que criar desigualdades em relação a certos grupos de pessoas com as mesmas características. São exemplos aquelas situações em que o acesso a um determinado emprego aparentemente está aberto a todos, indistintamente, mas o critério de seleção adotado, da "boa aparência", têm impacto negativo sobre certos grupos de pessoas que na realidade se pretendia excluir.
Um trabalho feito entre órgãos governamentais brasileiros (Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho, Ministério da Justiça), no combate à discriminação no emprego, levou à constatação de várias formas de discriminação no trabalho, sendo mais comuns as seguintes:
1. os negros têm o acesso dificultado a certos trabalhos que impliquem contato com o público, tais como caixa de banco, garçom, garçonete, relações públicas etc;
2. os salários pagos à eles são inferiores ao pagos aos seus colegas, com a mesma qualificação;
3. costumam ser desprezados nas promoções no emprego;
4. o impedimento de permissão ou acesso em exercício de atividades econômicas;
5. brincadeiras ou comentários, tais como xingamentos ou fofocas que contenham ofensas racistas.
"O negro tem salário menor por possuir menos escolaridade." Esse é um mito que por muito tempo tentou encobrir o preconceito existente nas empresas. Recente estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que o salário que o negro brasileiro ganha, é 36,11% menor do que os brancos no país. Os negros ainda tem